Catálogo Coletivo

28/04/16


7ª Edição do Concurso “Encontro de Poesia”



"Um dos gestos mais belos e generosos do homem, andando vagarosamente pelo campo lavrado, é o de lançar na terra as sementes."

Clarice Lispector

A 7ª edição do Concurso de Poesia, subordinado ao tema Elos de Poesia, promovido pela Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, com o objetivo de fomentar e consolidar hábitos de leitura e de escrita na comunidade, valorizar a Poesia e premiar e divulgar trabalhos inéditos da comunidade em geral, lançou um desafio que não pudemos ignorar. E uma vez mais foram lançadas sementes. E germinaram. A Mariana Silva e o João Saraiva, alunos da 9.4, concorreram com o seu poema Vida às cores e conseguiram o 1º lugar no seu escalão - Jovens dos 14 até aos 17 anos.

E um pouco mais de futuro foi plantado!


de fazer rimar, mesmo sem rima
a palavra com a magia,
que acontece e se repete
em todo nós dia a dia”.
José Jorge Letri
VIDA ÀS CORES

 
Natureza é sinónimo de alegria.
Flores, pássaros, borboletas
Todos constroem a nossa felicidade
E, tantas vezes, nem nos apercebemos!

A estrelícia com a sua crista laranja
É uma estrela mais brilhante que o Sol
Perdura nos dias quentes, sem queixumes
E a sua fortaleza dá-nos tanta beleza;
Levámo-la para a jarra da nossa casa,
Deixámo-la a adornar o jardim,
Presenteamos quem repousa em sossego eterno
Com o seu perfume discreto e frescura,
Mas queremos sempre que nos lembre
A alegria das pessoas
O calor do verão
O cheiro das férias
Numa Madeira Laurissilva
Num verão qualquer.

Ah! Olhem a papoila!
Está tão solitária na berma da estrada
Abana com o vento forte
Estremece com a brisa,
Mas não quer dono, nem jardim
A jarra não lhe serve...
Vive pouco,
Mas não se importa
O mundo é seu canteiro
Os pássaros seus amigos
E transborda vida
No sangue das suas pétalas
E espalha-o
No vento
Na sua despedida...
Flor tão frágil 
Como é a vida! 
                        
A Equipa da Biblioteca,
 
 

3 comentários:

Cassilda Mendes disse...

Muitos parabéns aos alunos vencedores. Continuem com o bom trabalho!!!

Unknown disse...

Parabéns aos autores do poema e à equipa da Biblioteca que levou as sementes que permitiram colher este doce fruto.

Alice Costa disse...

Ninguém mais do que eu amava as palavras. Ao mesmo tempo, porém, eu tinha medo da escrita, tinha medo de ser outra e, depois, não caber mais em mim.
Mia Couto